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23/10/2025 às 10:49, Atualizado em 23/10/2025 às 11:51

Vereador Otacir Figueredo (Gringo) Faz Apelo em Sessão Ordinária sobre Direitos Indígenas

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Divulgação

Na última segunda-feira, 20 de outubro, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Sidrolândia, o vereador Otacir Figueredo, conhecido como Gringo, expressou um desabafo impactante sobre a situação dos indígenas na região sul do estado. Em um discurso contundente, ele defendeu a necessidade de construir um Brasil que promova o agronegócio sem desrespeitar aqueles que habitam o território muito antes da delimitação das fronteiras.

“Não precisa ser assim. A gente pode construir um país em que o agronegócio prospere, mas sem passar por cima de quem já estava aqui há muito tempo”, afirmou Figueredo, ressaltando a importância de um desenvolvimento sustentável que não atente contra as comunidades tradicionais.

O vereador destacou a importância de um diálogo aberto entre os diferentes setores da sociedade, afirmando que “o Brasil só vai avançar se todos os setores aprenderem a conversar”. Ele enfatizou que os conflitos históricos envolvendo comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas não devem ser resolvidos com violência. “Esses conflitos não se resolvem no grito, nem no trator, nem na pancada. Se resolve com diálogo, com mediação, com justiça”, declarou.

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Figueredo também apontou um problema estrutural na política brasileira: “Enquanto nosso povo não se interessar por política, alguém se interessa por nós. E quem se interessa toma as principais decisões que nos afetam, mas sem nos consultar.” Para ele, a falta de escuta é um fator crítico que marginaliza o lado mais vulnerável da sociedade. “Quando o lado mais fraco não é ouvido, ele padece, desaparece da política e morre em silêncio.”

Em sua fala, o vereador fez questão de reconhecer a relevância do agronegócio para a economia do Brasil, observando que ele gera empregos e alimenta o mundo. No entanto, reforçou que essa atividade não deve ser realizada à custa da dignidade e dos direitos dos povos originários.

A postura do vereador Otacir Figueredo revela uma tentativa de criar um espaço de diálogo e respeito entre as diferentes realidades sociais do Brasil, propondo uma construção coletiva que respeite a história e os direitos de todos os cidadãos.