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25/05/2021 às 09:22, Atualizado em 25/05/2021 às 10:47

NOTA DE PESAR.

A câmara municipal de Sidrolândia com profundo pesar, lamenta a morte do deputado estadual Cabo Almi, vítima da Covid-19

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Cabo Almi 

O deputado estadual em Mato Grosso do Sul, Cabo Almii (PT), morreu de Covid-19 às 23h45 , desta segunda-feira (24), em Campo Grande aos 58 anos. Ele estava internado desde 7 de maio no Hospital da Cassems, em Campo Grande, tratando da Covid-19. O parlamentar foi diagnosticado com Covid dia 3 de maio e estava em isolamento, em casa. No dia 7 o estado do deputado se agravou, um médico foi chamado para atendê-lo e ele saiu da residência de ambulância direto para o Hospital da Cassems. A equipe médica que o assistia passou a administrar antibióticos no dia 9, e o deputado reagiu bem. Após uma queda na pressão arterial, ele foi novamente medicado. Um dia depois, o deputado já apresentou os primeiros sinais de recuperação. No dia 11, ele apresentou ligeira melhora e a equipe médica chegou a cogitar a extubação.

Porém, o petista não teve evolução significativa e no dia 12 os médicos descartaram a extubação imediata. O estado dele pouco mudou um dia depois. No dia 14, os médicos diminuíram o nível de oxigênio após uma nova melhora. O estado de saúde não evoluiu por quatro dias, até uma pequena piora.

Na última quinta-feira (20), o boletim médico apontava que a equipe suspendeu a sedação e aguardava que o parlamentar acordasse nas próximas horas. Porém, o estado do político voltou a ser considerado grave , ele foi a óbito às 23h45 (de MS), de segunda-feira (24) .

Cabo Almi deixa esposa ,três filhos e dois netos. O velório será hoje das 14:30 as 16:30 no cemitério Memorial Park, Bairro Universitário , em Campo Grande – MS

O governador Reinaldo Azambuja se manifestou sobre a morte do deputado pelas redes sociais.

"Infelizmente, a Covid-19 venceu o deputado estadual Cabo Almi. Fica sua história a inspirar nossa geração: menino de família de lavradores que vence, torna-se um líder político combativo, pragmático, íntegro nas suas convicções e que, eleição após eleição, via seu mandato se renovar. O primeiro foi de vereador em Campo Grande, em 1996. Em 2011 assumiu uma cadeira no Parlamento estadual. Nossos sentimentos à família e aos muitos amigos e seguidores".

O governador do estado, decretou luto oficial de três dias.

Biografia

José Almi Pereira Moura nasceu no município de Jardim Olinda (PR), em 17 de dezembro de 1962, filho do lavrador Finelon Pereira de Moura e da dona de casa Creuza Vieira da Silva Moura.

Em 1963, a família mudou-se para o Distrito de Lagoa Bonita, em Deodápolis, para o cultivo de lavoura. Em fevereiro de 1982, Almi foi morar em Campo Grande, trabalhou como cobrador de ônibus, foi empacotador e promotor de vendas de indústria de alimentos e formou-se como torneiro mecânico pelo Senai. Em outubro de 1983, prestou concurso para soldado da Polícia Militar (PM).

Em 1987, casou-se com Irene Carolina de Oliveira, com quem teve três filhos: Flávio, Fabrícia e Monique. Em 1988, foi aprovado no concurso para cabo da PM. No início da década de 90 ajudou a fundar o Grêmio 8 de Abril, do qual foi presidente por seis anos.

Em 1996, foi eleito vereador em Campo Grande, sendo reeleito por mais três mandatos, até assumir a vaga de deputado estadual em 2011. Almi foi autor de inúmeras leis e sempre atuou em favor da Segurança Pública, inclusive, foi quem criou a Comissão Permanente de Segurança Pública e Defesa Social na Casa de Leis. (Fonte ALEMS.)

Pandemia na Assembleia

O petista é o segundo deputado estadual vítima da doença. É o nono caso entre os 24 parlamentares. O primeiro deles foi o presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB), em julho de 2020.

Uma semana depois, Neno Razuk (PTB) também testou positivo. Já em agosto, Coronel David (sem partido) chegou a ser internado, mas foi liberado dias depois para continuar o tratamento em casa.

O caso mais grave foi de Onevan de Matos (PSDB). Diagnosticado em setembro, ele chegou a ser internado e receber alta, mas retornou e acabou transferido para São Paulo. O tucano faleceu em novembro, vítima de complicações da doença.

Já em outubro, Lucas de Lima (Solidariedade) foi contaminado. Em dezembro, João Henrique Catan (PL) se isolou em um hotel após ser diagnosticado com a doença.

E em março deste ano, o presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), Gerson Claro (PP), e o 2º secretário da Mesa Diretora, Herculano Borges (Solidariedade), também precisaram se afastar.