Embora tenha sido criado em 1997,passado por mudanças dois anos depois, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), na prática há pelo menos 10 anos não funciona e este tem sido um fator de demora na liberação e até a perda de recursos destinados ao fomento da agricultura familiar. Nesta terça-feira(16) o presidente da Câmara Municipal, David Olindo, apresentou a dirigentes de associações representativas dos pequenos produtores, um anteprojeto de reestruturação do colegiado. Eles terão oportunidade de avaliar e apresentar até o dia 29, sugestões para serem incorporadas à versão final da proposta. A intenção é que em setembro o projeto comece a tramitar e seja aprovado ainda na atual legislatura.
“Quero deixar claro que este é apenas um esboço do projeto. Não é uma questão fechada. Estamos abertos a receber suas contribuições”, destacou David na abertura da reunião que teve a participação do prefeito Ari Basso, do secretário de Desenvolvimento Rural, Gilmar Antunes; de representantes da Agraer e do Incra, além do gerente do Banco do Brasil, Ricardo Santa Cruz.
Em reuniões com o presidente da Câmara e o secretário de Desenvolvimento, Santa Cruz , mostrou a necessidade de reativar o conselho, diante do baixo volume de crédito liberado para os pequenos produtores do município (em torno de R$ 7 mil por operação), além do índice de inadimplência de 5%, quando o nível tolerável pela instituição é de 2%. Outro fator que forçou esta necessidade é que os pedidos de crédito para pequenos agricultores tradicionais, que nunca tiveram tomaram empréstimo para custeio ou investimento na propriedade, precisam passar pelo crivo do conselho.
O CMDR tem atribuições não só consultivas, mas também deliberativas. Vão além da questão da avaliação dos pedidos de crédito, observou o gerente local da Agraer, Daniel Antonio da Silva. “Caberá ao Conselho definir, por exemplo, qual comunidade receberá uma patrulha mecanizada, um resfriador. Não será uma decisão exclusiva do prefeito ou a partir de injunção política”, comentou.